Frederico Martins. É determinado como poucos. Cede quando acha que faz sentido, e quando sabe que isso vai tornar o seu trabalho ainda melhor. Explica-te mil vezes se for preciso! Não tem medo de arriscar, e de trabalhar com todo o tipo de pessoas. Além disso faz-te rir. Não o conhecia (ou melhor, nunca tinha trabalhado com ele, porque não conhecer o seu trabalho é impossível) mas fiquei com vontade de fazer muito mais coisas com ele. Mais uma pessoa a provar que talento em Portugal, não falta.

O teu percurso é peculiar. Um engenheiro agrónomo que descobre a fotografia ou um fotógrafo que descobre a agronomia?

Foi mais um engenheiro que descobriu a fotografia. Sempre achei que iria trabalhar em ciência, mas a fotografia falou mais alto.

Todos temos na nossa vida pessoas que nos marcaram, nos inspiraram, que nos deram algo que fazem de nós quem somos. Quais são as tuas?

Eu neste aspecto sou totalmente clichê, a minha Mãe pela coragem de criar 4 filhos sozinha e de apesar de todas as dificuldades nos ter incutido que o amor que nos une a todos é a mais forte das forças. O meu avô Mario Pereira por me ter despertado o interesse pela natureza, pela vida selvagem, pelas artes e pela beleza. Os meus irmãos Pedro, André e Mariana que sempre me fizeram sentir especial.

A moda é uma indústria criativa em constante evolução. Já te aconteceu folhear trabalhos de há 5 anos e pensar que já não o farias da mesma forma?

Não preciso de 5 anos, por vezes basta dias. Mas tenho outros que os fiz bem e não mudava nada.

Analógico ou digital?

Digital, sei que era bem mais poético dizer analógico, mas a realidade é que o digital veio para ficar e eu adoro!